Um dispositivo que une uma minicâmera e inteligência artificial é usado para ajudar no diagnóstico dos exames de doenças gástricas no Hospital Dom João Becker.
A cápsula gástrica é um dispositivo semelhante a um comprimido, que tem uma minicâmera, transmissor de ondas de rádio e uma bateria para manter o objeto em funcionamento. Assim como uma medicação, o paciente engole a cápsula para que o exame tenha início.
O equipamento registra de 2 a 6 imagens por segundo. Elas são transmitidas em tempo real por um monitor, que é carregado pelo paciente como se fosse uma bolsa a tira-colo. O número de capturas varia conforme a velocidade do trânsito intestinal, segundo o gastroenterologista José Renato Hauck, chefe do serviço de endoscopia da instituição. Um sistema de inteligência artificial ajusta tal velocidade, para não perder nenhuma imagem no trajeto.
“Se o movimento é muito rápido, ele bate mais fotos para não perder imagem. Se ele é mais lento, ele bate menos fotos para poupar a bateria. São muitos frames para análise, e isso aumenta a nossa capacidade de diagnóstico”, diz.
Depois de o exame ser encerrado, a cápsula é expelida pelo paciente. Ela não é reutilizável, e tem como destino depósitos de lixo eletrônico, segundo Hauck.