Tendo em vista o aumento no número de casos de coqueluche em diversos países mundo afora e em estados brasileiros, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforça a importância da vacinação na prevenção e enfrentamento à doença. Para além da imunização para crianças no calendário de rotina e para gestantes, as novas recomendações incluem uma dose de reforço para determinados profissionais de saúde e para trabalhadores que atuam em berçários e creches, com atendimentos de menores de 4 anos. As doses estão disponíveis em todas as 30 unidades de saúde de Gravataí.
Doença que pode levar à morte, a coqueluche é uma enfermidade infecciosa aguda e que compromete principalmente o aparelho respiratório, em especial traqueia e brônquios. Altamente contagiosa, a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por meio do contato com gotículas de tosse, espirro ou até mesmo durante a fala. Neste ano, dois casos de coqueluche foram notificados à Vigilância em Saúde (Viemsa) de Gravataí, sendo ambos descartados.
Entre os principais sintomas da doença, estão crises de tosse de qualquer tipo (há 14 dias ou mais), associada a um ou mais sinais como guincho inspiratório, mal-estar geral, tosse seca, engasgo e vômitos pós-tosse ou cansaço extremo. Em caso dos primeiros sintomas, é fundamental procurar a unidade de saúde mais próxima para o devido acompanhamento, aconselhamento e tratamento da doença.
Confira as recomendações de vacinação para cada público:
Para crianças: esquema vacinal primário composto por três doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) com a vacina pentavalente (que também protege contra difteria, tétano, hepatite B e Haemophilus influenzae B); mais duas doses de reforço (aos 15 meses e aos 4 anos) com a vacina DTP;
Para gestantes: uma dose da vacina dTpa – acelular, recomendada a partir da 20ª semana de gravidez e puérperas até 45 dias pós-parto, a cada gestação, a fim de proteger o recém-nascido até o início da vacinação, aos 2 meses de idade.
Demais públicos: recomendação de uma dose de reforço com a vacina dTpa, mesmo que a última dose da vacina dT (que protege contra a difteria e o tétano) tenha ocorrido há menos de dez anos, com intervalo de 60 dias após a última dose. Dentro desse público, estão:
– trabalhadores da saúde que atuam nos serviços ambulatorial e hospitalar, com o atendimento em ginecologia e obstetrícia; parto e pós-parto imediato, incluindo as casas de parto; Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) neonatal convencional, UCI Canguru etc; berçários (baixo, médio e alto risco); e pediatria;
– profissionais que atuam como Doula, acompanhando a gestante durante o período de gravidez, parto e período pós-parto;
– trabalhadores que atuam em berçários e creches, com atendimento de crianças até 4 anos de idade.