A Prefeitura de Gravataí promoveu nesta sexta-feira, 8, um seminário alusivo aos 10 anos de atuação do Bebê Saúde/PIM no município. Com o tema “Mudando vidas, construindo histórias”, o encontro reuniu diversas outras cidades do Rio Grande do Sul que também atuam na promoção do desenvolvimento infantil integral. Realizada na Câmara Municipal de Vereadores, a cerimônia contou, entre outras festividades, com um emocionante depoimento da primeira família atendida pelo programa em Gravataí, há uma década, e com a apresentação do Coral Carlos Bina Sogil.
“Penso que não poderia haver um programa melhor que esse para as nossas crianças e gestantes. Parabenizamos os profissionais do nosso município que fazem o serviço acontecer e que representam muito para as famílias atendidas”, destacou, emocionada, a primeira-dama Marlene Zaffalon, madrinha do programa. Em uma década de atuação, o Bebê Saúde – realizado em parceria com o governo do Estado, por meio do Programa Infância Melhor (PIM) – acompanhou mais de quatro mil famílias, entre crianças e gestantes.
Durante sua fala, o vice-prefeito Dr. Levi Melo enfatizou a importância do serviço para a sociedade, com o programa sendo repercutido nas comunidades município afora. Atualmente, o Bebê Saúde/PIM de Gravataí conta com 27 visitadores, que atuam nos quatro Distritos Sanitários do município com visitas domiciliares e com planos singulares de atendimentos às especificidades de cada família. “O serviço tem um potencial enorme de transformação da realidade das comunidades. Vida longa ao Bebê Saúde”, completou o secretário municipal da Saúde, Régis Fonseca.
Durante o dia, autoridades municipais e estaduais tiveram momentos de fala e de compartilhamento das suas trajetórias à frente do programa. O Bebê Saúde de Gravataí já obteve premiações de nível municipal e estadual, como o Prêmio Salvador Célia. Atualmente, cerca de 450 pessoas são acompanhadas, especialmente aquelas em situação de risco e vulnerabilidade social.
“Possuímos um olhar ampliado e humanizado nos atendimentos às famílias que acompanhamos. Precisamos, cada vez mais, fortalecer os vínculos com as gestantes e com as crianças”, resumiu a coordenadora do Bebê Saúde/PIM de Gravataí, Lenise Lourenço. Durante sua fala, a enfermeira explicou as dificuldades encontradas pelo serviço durante esses 10 anos de atuação, em especial durante a pandemia de covid-19, bem como elencou os principais impactos do programa para a saúde das famílias atendidas.
À tarde, ex-visitadores que atuaram no programa em Gravataí contaram suas experiências no serviço, cuja trajetória contribui – até hoje – nos atendimentos e nas ações em saúde realizadas, como a humanização do atendimento em saúde. Aspectos psicológicos e emocionais no desenvolvimento da criança, olhar sensível e educacional na primeira infância e cuidado humanizado de bebês prematuros também foram tópicos da programação.
Bebê Saúde/PIM
Mantido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o Bebê Saúde conta com o apoio das secretarias municipais da Educação (Smed) e da Família, Cidadania e Assistência Social (SMFCAS), visando ao desenvolvimento pleno das capacidades físicas, intelectuais, sociais e emocionais.
Entre as pessoas acompanhadas atualmente pelo Bebê Saúde/PIM, estão crianças de até três anos de idade com alguma patologia ou em vulnerabilidade social, crianças que nasceram com exames para sífilis reagente, gestantes de alto risco e gestantes com notificação de sífilis na gestação.
Os visitadores, desta forma, orientam as famílias e esclarecem eventuais dúvidas que possam surgir, além de acompanharem a caderneta de vacinação e auxiliarem nas atividades com brinquedos para melhorar o estímulo da criança, aspectos considerados fundamentais para a saúde do bebê.
Além disso, os visitadores auxiliam na busca de recursos do governo estadual por meio de algum benefício a que tenham direito e no estímulo às mães adolescentes a continuarem na escola, buscando oportunizar maior qualidade de vida para elas e para os seus filhos. Com isso, proporcionam olhares atentos ao ambiente no qual a criança está inserida, ao acesso aos serviços sociais e de saúde e ao fortalecimento de vínculos.