A CCR Sul (Companhia de Concessões Rodoviárias) pretende abolir o uso do “dinheiro vivo” para o pagamento de pedágios. A declaração foi dada por Miguel Setas, CEO do grupo que administra a Freeway (BR-290) e as BRs 101, 386 e 448 no Rio Grande do Sul, medida que atingirá outras rodovias já administradas pela empresa em todo o país e deve acontecer até 2026.
Em evento do BTG Pactual, Setas afirmou que o setor de mobilidade vai passar por uma revolução tecnológica nos próximos anos, com coberturas 5G nas estradas e a facilidade de ter mais operações digitais.
Já em uso no RS, a cobrança é feita pela leitura automática de placas ou tags, sem que os motoristas precisem parar em cabines.
Na Freeway, há duas praças de pedágios em Santo Antônio da Patrulha e uma em Gravataí.
O executivo participou de painel sobre concessões de infraestrutura, ao lado do ministro dos Transportes, Renan Filho. Também estava no evento o CEO da Ecorodovias, Marcello Guidotti, que disse que 80% da receita da companhia hoje já são obtidas de forma eletrônica, sendo 70% com cobrança em tags e 10% em cartões.
Segundo ele, essa dinâmica vai transformar o sistema de rodovias, inclusive porque hoje os contratos já colocam obrigações nesse sentido desde o começo.
A concessionária tem R$ 28 bilhões em investimentos contratados para os próximos anos, que é o saldo remanescente das atuais obrigações contratuais. No radar, há outros R$ 180 bilhões em investimentos previstos.
O CEO da Ecorodovias disse que a companhia tem R$ 40 bilhões em investimentos já contratados, R$ 8 bilhões entre 2024 e 2025. Em agosto do ano passado, os valores foram reajustados em 16%.