Desde os primeiros dias de enchente que atingiu a região de Gravataí na semana passada, o Grupo Escoteiro Murialdo, a Equipe de Gincanas, EquiRetalho e o C. E. Alvi-rubro entre outros, uniram forças para levarem viandas, alimentos e roupas para os necessitados.
A equipe conta, em média, com 600 voluntários por dia, que fazem todo o trabalho de preparação das refeições, embalagem, separação, transporte e entrega, formando uma linha de produção da solidariedade.
Conforme o coordenador da iniciativa, o diretor de patrimônio e monitor da Patrulha Dinossauro do Murialdo, Júlio Barbosa dos Santos Junior, o Julinho, são entregues em torno de 5 mil marmitas diariamente.
“Estamos mobilizados junto com a EquiRetalhos e a Multilocos, além de voluntários que se cadastraram para ajudar as vítimas. Trabalhamos durante o dia e até de noite. O Alvi-rubro também abriu as portas para a solidariedade. Lá montamos e servimos refeições no café da manhã, almoço e janta, inclusive para a tropa de de cerca de 25 policiais vindos do Rio de Janeiro no qual damos guarida”, destaca Julinho.
Além de se reunir para produzir viandas para pessoas que estão sem conseguir cozinhar porque tiveram suas casas afetadas pela chuva, os voluntários ainda distribuem garrafas d’água, roupas e alimentos para centenas desabrigados de diversos bairros da cidade. “Criamos ainda um grupo da alegria que está indo aos locais para fazer animação das crianças”, salienta o escoteiro.
Julinho diz que, neste momento, a necessidade é por doações de materiais de higiene pessoal e limpeza, produtos de cama, mesa e banho, além de colchões, fraldas geriátricas, absorventes, peças íntimas, roupas infantis, brinquedos, entre outros.
O projeto solidário desenvolvido pela equipe de voluntários e batizado de “SOS Chuvas” iniciou no dia 2 de maio, e se estende enquanto a região precisar de ajuda.
Conforme Julinho, a solidariedade ganhou força e a comunidade se une cada vez mais em prol das vítimas. Ele conta que foi procurado por uma empresa de paletes que doou material para ser aproveitado na confecção de móveis para as famílias que perderam tudo. “Já temos dois galpões que cederam para nós. Só está faltando os marceneiros voluntários para fazer os móveis nos locais. Precisamos também de máquinas, lixadeiras, serras”, acrescenta.
Mais informações podem ser obtidas na sede do Grupo, na Avenida José Loureiro da Silva, 900, ou pelos telefones 51 3042 6051 e 51 9980 6093.
Parceria com o Alvi-rubro
Por terra, água e ar, donativos, que serão enviados para as famílias atingidas, chegam de outras regiões do Estado e, até mesmo, de fora do Rio Grande do Sul. O gramado do Alvi-rubro já recebeu aeronaves de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, todas carregadas de mantimentos. Os donativos são entregues para famílias desalojadas de várias cidades do Estado.