Mesmo liberado para uso de pacientes da rede pública, faltam recursos para a aquisição do tratamento
Em audiência pública realizada na Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, na manhã de quarta-feira, 4, foi debatida a disponibilização de novos tratamentos contra o câncer de mama. Dois medicamentos inovadores já foram aprovados para uso no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), mas faltam recursos para disponibilizá-los em larga escala. São o TDMI-1, que inibe alguns efeitos colaterais associados a quimioterapia; e os inibidores de ciclina, que impedem a multiplicação das células cancerígenas em pacientes em estágio avançado da doença.
Conforme a deputada e procuradora Especial da Mulher da AL, Patrícia Alba, esses medicamentos, já aprovados pelo controle de medicações brasileiro, chegam a demorar mais de 600 dias para a sua efetiva disponibilização às pacientes, ultrapassando os 180 dias estabelecidos pela Lei Federal 12.401/2011.
“Em conjunto com as entidades, enviaremos um manifesto cobrando que os medicamentos sejam disponibilizados até dezembro, conforme prazo apresentado pelo Ministério da Saúde, mas também sugerindo que o Estado busque junto ao governo federal esta complementação”, afirma a deputada.
Conversamos com especialistas médicos, técnicos da área da saúde e entidades que lidam com o cotidiano das mulheres com câncer de mama, que enriqueceram o debate e reforçaram a importância da ágil disponibilização destes remédios.
“Quem tem câncer, tem pressa. Em pleno Outubro Rosa, mês em que os olhares estão voltados para a conscientização sobre Câncer de Mama, reforçamos o apoio da Assembleia Legislativa e da Procuradoria da Mulher a todas as gaúchas que lutam contra a doença.
A deputada agradeceu pelas presenças: Dr. Eduardo Bischoff; Alexandre Ben, da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Fenama); Rita Cunha, do Imama; Marilisa Peeters, Ana Reis e Tânia Ayres, do Viamama; Fabiana Schmidt, do Instituto Camaleão; Dra. Sheila Schuch e Dr. Alexandre Neves, da Secretaria Estadual da Saúde; Eduardo Santos, da Farmacêutica Novartis; e o deputado Neri, o Carteiro.