Entre as dez maiores economias do Estado, Gravataí foi a que apresentou maior queda no índice e na classificação no ranking estadual, com uma perda real de R$ 379,3 milhões de PIB (Produto Interno Bruto).
Gravataí perdeu cinco posições e passou a ser o município com o 9º maior PIB do Estado.
Os dados divulgados pelo Governo do Estado são referentes a 2021 e consolidados nos últimos dois anos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
As cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Rio Grande, Triunfo, Passo Fundo, São Leopoldo e Pelotas superaram Gravataí.
Gravataí desceu de 2,26% para 1,77% a representação no PIB gaúcho, na relação dos dados de 2019 e 2021.
No segmento industrial está em 6º lugar, com R$ 3,3 bilhões de Valor Adicionado Bruto (VAB), que é o PIB menos o valor dos impostos, principalmente provenientes da fabricação de veículos, reboques e carrocerias. Já nos serviços despencou para o 10º lugar, arrecadando R$ 5,269 bilhões.
A apresentação dos números do PIB de 2021 mostram redução na participação dos grandes núcleos urbanos e, com a força do agro, maior descentralização da riqueza do Rio Grande do Sul
Triunfo foi a cidade que mais cresceu no ranking das maiores economias gaúchas em 2021. O município que abriga o polo petroquímico subiu posições. O PIB da cidade chegou a R$ 12,98 bilhões no ano, 2,23% do total do Estado, o que a fez alcançar a quinta posição no RS, com um ganho de 0,70 ponto percentual na comparação com 2020.
Ainda dentro das dez maiores economias do Estado, Rio Grande avançou três posições no ranking em 2021 e, agora, conta com o quarto maior PIB do RS — R$ 13,28 bilhões, 2,28% do total do Estado.
São Leopoldo (do oitavo para o sétimo lugar) e Pelotas (do nono para o oitavo) também ganharam postos no ranking estadual. Gravataí, que já esteve entre as cem economias nacionais, perdeu cinco posições em razão de um dos piores momentos da crise no setor automotivo.
O maior complexo automotivo do Rio Grande do Sul esteve parado por completo durante pelo menos dez meses entre 2020 e o início de 2022. Primeiro, com as medidas de proteção contra a Covid-19. Depois, como consequência da escassez de peças, sobretudo semicondutores, no mercado internacional com o começo da retomada após o período pandêmico.
O complexo da General Motors apresentou volume bruto de vendas em 2021 de R$ 6,8 bilhões, a metade dos resultados de 2019, antes da pandemia.
O resultado de tantos percalços na produção do Complexo da GM reflete-se agora nos números do PIB de Gravataí de 2021.
