Um suposto caso de racismo envolvendo um ex-subcomandante da Guarda Municipal de Cachoeirinha está sendo investigado pela Polícia Civil. Os crimes teriam sido praticados contra dois agentes, repetidamente, durante o primeiro semestre deste ano.
Segundo o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) de Cachoeirinha, André Anicet, o caso chegou ao conhecimento da polícia após um dos agentes ter procurado, inicialmente, a Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), em Porto Alegre, para denunciar o caso. Na sequência, a outra vítima procurou a própria 1ª DP para registrar um boletim de ocorrências.
Através das denúncias, os casos passaram a ser investigados e diversas oitivas foram realizadas com mais de 10 pessoas ouvidas. Entre elas estão as vítimas, o suspeito e testemunhas.
Durante os depoimentos, os agentes denunciaram terem sido chamados por termos de cunho racista, além de outros atos racistas cometidos em diferentes episódios, inclusive flagrados por uma câmera de segurança.
Ouvido pela Polícia Civil, o ex-subcomandante negou as acusações. Ele disse que as denúncias acontecem por cunho politico e que está sendo perseguido.
O inquérito policial permanece em aberto e a expectativa do delegado é de que seja concluído até o final do mês de julho.
A Secretaria de Segurança afastou servidor e instaurou processos disciplinares
De acordo com o secretário de Segurança de Cachoeirinha, Mauro Vargas, a Prefeitura foi comunicada da primeira denúncia no dia 13 de junho e, no mesmo dia, foi determinada a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
No mesmo dia, uma segunda denúncia foi recebida, e outro PAD foi instaurado. Para garantir isenção nas apurações, o secretário diz ter solicitado que as comissões fossem formadas por servidores externos à Guarda Municipal.
O ex-subcomandante foi afastado do cargo de chefia no dia seguinte à primeira denúncia e foi transferido para atuar na Defesa Civil.




