De 8 a 30 de abril, no Quiosque da Cultura, o público poderá conhecer um olhar único sobre a Gravataí da década de 1960 por meio da exposição “Danilo – Um cronista da Aldeia (Crônicas de Gravataí nos anos 1960)”.
A mostra é uma realização da Prefeitura de Gravataí, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e apresenta uma seleção de crônicas publicadas na imprensa regional por Danilo Pellizzoni, comunicador que marcou época com sua coluna “Gravataí – Vendo e Ouvindo”, veiculada em jornais como Folha da Tarde e Correio do Povo.
O trabalho do cronista oferece um retrato vívido da cidade em transformação, captando festas populares, movimentos sociais, eventos culturais e curiosidades da então pequena — mas já pulsante — Gravataí. As crônicas revelam o cotidiano de uma cidade no limiar entre o passado e o futuro: a Gravataí colonial, conhecida como Aldeia dos Anjos, encontrando-se com a modernidade industrial que começava a se firmar na região.
Mais do que registros jornalísticos, os textos de Danilo funcionam como cápsulas do tempo, preservando a memória de uma época fundamental para a identidade local. Além do papel de cronista, Danilo Pellizzoni teve atuação ativa na preservação da história municipal. Foi ele o autor da lei que criou o Museu Municipal Agostinho Martha, em 1974, consolidando seu compromisso com a memória de Gravataí.
Para o historiador Carlos Albani, da Secretaria Municipal de Cultura, a exposição tem um valor especial: “Através das crônicas de Danilo, conseguimos enxergar como era a Gravataí de meio século atrás, em um momento decisivo da sua transformação urbana e cultural. É uma oportunidade rara de nos reconectarmos com as origens da cidade e com as histórias que moldaram a nossa identidade.”
Como parte da programação da mostra, acontece no dia 23 de abril, às 18h, um bate-papo especial no próprio Quiosque da Cultura. Com mediação de historiadores da SMC, o encontro contará com a presença de Roger Pellizzoni, filho de Danilo e responsável pela doação do acervo jornalístico que deu origem à exposição. A entrada é gratuita.
A exposição e o bate-papo são convites à reflexão sobre o valor da crônica como instrumento de preservação histórica e da importância de olhares atentos para a construção da memória coletiva.