O governador Eduardo Leite assinou, na sexta-feira (12), o documento que repassa para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a outorga de operação dos aeroportos dos municípios de Canela e de Torres, terminais que eram operados pelo Estado.
A transferência se deu a partir de um compromisso da empresa pública federal de ampliar voos nesses dois aeroportos, após a gestão retornar à União. Uma reunião entre os secretários estaduais da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, de Logística e Transportes, Juvir Costella, de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, e em exercício do Turismo, Luiz Fernando Rodriguez, e o presidente da Infraero, Rogerio Barzellay, ocorrida na sexta, no Palácio Piratini, alinhou os últimos detalhes técnicos.
“É um compromisso firmado para viabilizar mais voos para o Rio Grande do Sul. Ressalto o que venho dizendo desde o princípio da enchente que assolou nosso Estado. Enquanto não temos o aeroporto Salgado Filho reaberto, vamos fazer todo o esforço possível para qualificar a aviação nos terminais do interior”, disse o governador.
Conforme a Infraero, em ofício remetido ao Estado, a partir da retomada da gestão pela empresa da União, em 15 dias os aeroportos estarão aptos para operar voos regulares com transporte de até nove passageiros (Grand Caravan) por viagem em Canela e de até 72 passageiros (ATR-72) em Torres. No documento, a Infraero prevê também que, em até 45 dias, serão viabilizados voos transportando até 165 passageiros (Airbus e Boeing) no aeroporto do Litoral Norte e 72 passageiros no terminal da Serra gaúcha.
Investimentos
O governo do Rio Grande do Sul aponta a necessidade de investimento de R$ 8,69 milhões para qualificação dos aeroportos de Canela e Torres, de modo a contribuir para a preparação da malha aérea do Estado em futuras crises meteorológicas.
Para manter os terminais em boas condições, o Executivo estadual também sugeriu que, com a retomada da outorga pela União, seja estudada a possibilidade de eles serem incluídos na política de concessões aeroportuárias, que tem assegurado fluxo de investimento necessário nos terminais que já foram objeto desse modelo de gestão.