A Câmara de Cachoeirinha rejeitou, na noite desta terça (25), o pedido de impeachment contra a presidente Jussara Caçapava (Avante). A denúncia — apresentada pelo prefeito Cristian Wassem Rosa (MDB) — apontava supostas irregularidades em contratos de mais de R$ 3 milhões, mas foi arquivada por 10 votos a 5. Jussara não votou; Léo Costa (PT) esteve ausente.
A decisão ocorre no mesmo dia em que a Justiça suspendeu a Comissão Processante que analisava o segundo pedido de cassação do prefeito e do vice, Delegado João Paulo Martins (PP), após mandado de segurança do próprio vice. A liminar travou o avanço da investigação e também beneficiou Cristian.

Com o arquivamento, o Legislativo encerra o processo contra Jussara antes da abertura de uma comissão. Ela agradeceu o apoio e reafirmou a legalidade dos atos da Mesa Diretora.
Nos bastidores, o clima é de incerteza. A leitura dominante é de que a chapa Cristian–Delegado pode ser cassada até 8 de dezembro, antes da eleição da nova Mesa Diretora. Nesse cenário, Jussara assumiria interinamente a prefeitura e poderia disputar a eleição suplementar de 2026 — repetindo o caminho percorrido por Cristian após a queda de Miki Breier.
Se reeleita presidente da Câmara, Jussara passa a ser a primeira na linha de sucessão. Porém, caso Cléo do Onze (MDB) vença a disputa interna, cresce a chance de o impeachment do prefeito ser arquivado. Em Cachoeirinha, o jogo político segue aberto — e cada voto tem peso de virada.




