A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul deferiu requerimentos apresentados em ação de investigação judicial eleitoral que aponta fortes indícios de conduta vedada por parte do atual prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasem (MDB) e de seu vice Delegado João Paulo.
A juíza da 143ª Zona Eleitoral de Cachoeirinha, Suélen Caetano de Oliveira determinou que a Prefeitura de Cachoeirinha e a Defesa Civil apresentem, no prazo de dez dias, a lista de beneficiados por uma distribuição gratuita de cestas básicas, kits de limpeza e kits de higiene adquiridos com recursos federais no valor que pode ter chegado aos R$ 1,4 milhão. O caso aconteceu em ano eleitoral, o que levanta suspeitas sobre o possível uso eleitoreiro da ação.
Ademais, foi determinado o envio imediato de informações ao Ministério Público Estadual e a apuração sobre se a documentação solicitada anteriormente ao prefeito foi devidamente complementada.
A Justiça também determinou o julgamento da prestação de contas da Prefeitura e já havia encaminhado documentação relativa a servidores comissionados, incluindo cartões-ponto e dados funcionais.
A atual administração também está registrada como inadimplente no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal), o que é um indicativo grave de que não respondeu a ofícios que cobravam transparência e prestação de contas de ações com verba federal. O ponto mais crítico da acusação é a total ausência de informações sobre os beneficiados das ações filantrópicas, que podem ter sido realizadas em benefício político e eleitoreiro em pleno ano eleitoral.