A coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), procuradora de Justiça Ana Maria Moreira Marchesan, e a promotora de Justiça de Gravataí, Carolina Barth Loureiro Ingracio, inspecionaram o aterro que está recebendo resíduos oriundos das enchentes em Porto Alegre e Canoas.
Ainda estiveram no aterro, em Gravataí, uma engenheira ambiental, um biólogo e um geólogo do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT), do MPRS, e servidores da Promotoria do município. O local está recebendo, por dia, cerca de 90 caminhões de entulhos da Capital e oito caminhões provenientes de Canoas.
“A situação é um pouco preocupante, pois, pela avaliação dos técnicos, o material não está sendo triado de forma adequada, até porque há poucas pessoas trabalhando no local”, avaliou a procuradora de Justiça. Ela informou que, depois do parecer técnico que será elaborado pela equipe do GAT, serão realizadas reuniões para a adoção de algumas medidas com o objetivo de garantir a destinação adequada dos resíduos.
- Empresa contratada para recolher entulho desiste um dia após assumir o serviço
Uma empresa terceirizada, contratada pela prefeitura de POA, desistiu de recolher os entulhos da cidade causados pelas inundações um dia após assumir o serviço. Na quarta-feira (19), a prefeitura anunciou que havia contratado a empresa Master Construções e Serviços Ambientais para os serviços de transporte de Resíduos Sólidos do Desastre Natural (RSDN) ao aterro de Gravataí. No dia seguinte, o secretário municipal de Serviços Urbanos, Assis Arrojo, o secretário adjunto de Parcerias, Jorge Murgas, e o diretor-geral adjunto do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Vicente Marques, realizaram reunião com a empresa para planejamento e mobilização imediata para início dos trabalhos.
Porém, um dia após a contratação, na sexta-feira (21), a prefeitura informou que a Master desistiu de realizar o serviço “devido a dificuldades com maquinário e mão de obra”. Para assumir seu lugar, o órgão anunciou outra empresa terceirizada, a MCT Transportes, que ficou em segundo lugar no edital.