Duas viaturas da Polícia Federal estão neste momento no escritório de advocacia do prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasen (MDB), localizado na Lídio Batista Soares. A diligência faz parte da Operação Rêmora, que mira a compra de 321 lousas interativas para escolas municipais, realizada através da Secretaria de Educação de Cachoeirinha. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Cachoeirinha, além de Porto Alegre (3), Lajeado (3), Guaporé (1) e Estrela (1).
Cerca de R$ 23 milhões em bens e valores também já teriam sido bloqueados em contas de supostos envolvidos no esquema. A PF investiga a aquisição de 321 lousas interativas para escolas do município, ao custo individual de R$ 32 mil, chegando aos R$ 10 milhões, realizadas pela Prefeitura de Cachoeirinha no segundo semestre de 2022.
As duas operações contra fraudes licitatórias ocorrem em Alvorada e Cachoeirinha. O alvo foram contratos firmados com uma mesma empresa de tecnologia nos dois municípios, a Smart Tecnologia em Comunicações.
Mais cedo o vereador David Almansa (PT), que já denunciava o negócio de R$ 10 milhões para aquisição de lousas digitais, publicou um vídeo informando que o prefeito está sendo investigado pela compra ilegal de lousas digitais, possível superfaturamento e corrupção.
O proprietário da empresa investigada, Ricardo Giovanella Neto, já presidiu o MDB de Lajeado. Alem disso, a investigação envolve, além de Cachoeirinha, Porto Alegre, municípios administrados pelo MDB – partido do prefeito. Duas pessoas foram presas temporariamente em Alvorada, cidade governada por José Appolo do Amaral (MDB). Ao final do vídeo, Almansa apontou que o elo de ligação entre Giovanella e os prefeitos de Alvorada e Cachoeirinha, seria Marco Alba (ex-prefeito de Gravataí).