A Prefeitura de Gravataí registrou a ocorrência de sete espécimes de insetos conhecidos como “barbeiros” (triatomíneos) em diferentes bairros do município. Do total coletado, três estavam mortos e quatro vivos, sendo que estes apresentaram resultado parasitológico positivo para o protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.
Conforme o responsável técnico do Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Ambientais Biológicos (NVRAAB), Róbinson Martins Korschner, a espécie possui grande importância epidemiológica devido ao potencial de colonização de residências, sendo frequentemente encontrada em ambientes domiciliares. Sempre que um inseto desse tipo for localizado em residência, a Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde (Viam) deve ser acionada para a coleta adequada por equipes técnicas e Agentes de Combate às Endemias (ACEs).
“Em todos os registros de ocorrência de espécies possivelmente transmissoras da doença de Chagas, nossas equipes realizam busca ativa no local para identificar a presença de novos insetos com potencial de colonização”, explica Korschner.
Todos os exemplares coletados pertencem à espécie Panstrongylus megistus, importante vetor da doença de Chagas no Rio Grande do Sul, especialmente em áreas rurais e de transição entre o campo e a cidade. Os insetos foram encontrados dentro das residências nos bairros Itacolomi (um vivo), Costa do Ipiranga (três mortos e dois vivos) e Cadiz/Morungava (um vivo).
Principais formas de transmissão da doença de Chagas
- Vetorial: contato com fezes de barbeiros infectados;
- Oral: ingestão de alimentos contaminados por insetos infectados ou suas fezes;
- Vertical: transmissão da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto;
- Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados;
- Acidental: contato de pele lesionada ou mucosas com material contaminado.
O que fazer ao encontrar um barbeiro no domicílio
- Não esmagar ou danificar o inseto;
- Proteger a mão com luva ou saco plástico;
- Acondicionar o inseto, preferencialmente vivo, em recipiente plástico com tampa de rosca e pequenos furos para respiração;
- Identificar o recipiente com nome, telefone, local da captura e endereço;
- Separar os insetos coletados em ambientes diferentes;
- Levar ao Departamento de Vigilância em Saúde (Viemsa) ou acionar a Viam para coleta.
Medidas de prevenção e controle
- Vedar frestas e buracos em paredes e muros;
- Manter ambientes limpos e sem entulhos;
- Informar-se sobre a procedência de alimentos como caldo de cana e açaí.
Para mais informações, a população pode entrar em contato com a Viam pelo telefone (51) 3600-7747 ou pelo e-mail [email protected].




