Blog do Chico Pereira

Chico Pereira nasceu em Gravataí, habilitado em jornalismo (DRT 10548) possui 35 anos de colunismo. Trabalhou no Jornal do Comércio, Folha do Vale, Correio de Gravataí e Jornal Momento Regional, trabalhou também em rádio e tv.

É sócio fundador da Federação Brasileira de Colunistas e Associação dos Colunistas do Rio Grande do Sul, e recentemente recebeu homenagem na Assembleia Legislativa do RS, em reconhecimento ao seu trabalho na área da comunicação.


Projeto de arborização em canteiro central da Flores da Cunha divide opiniões entre moradores de Cachoeirinha

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O projeto de arborização e paisagismo da Avenida Flores da Cunha, em Cachoeirinha, está causando polêmica entre os moradores e ganhou repercussão também nas redes sociais desde o início deste mês. O assunto começou a chamar atenção quando viralizou o vídeo de uma senhora que foi flagrada carregando um balde com a terra adubada de um dos 50 novos vasos de plantas ornamentais instalados pela Prefeitura local na principal via da cidade. A mulher chegou a ter dificuldades em levar o balde devido à quantidade de terra que ela estava levando.

A Prefeitura abriu investigações para apurar o caso. Duas câmeras de videomonitoramento próximos ao local serão usadas para identificar o rosto da suspeita.

O centro da controvérsia é o valor investido nos vasos colocados nos canteiros ao longo da avenida, que muitas pessoas afirmam ser desnecessários. Eles alegam que as plantas servem para amenizar a retirada de mais de 20 árvores saudáveis para a construção de um ciclovia durante a administração do prefeito cassado Miki Breier.

“Bueiros sem tampa e esgoto a céu aberto na Vila Eunice! Enquanto isso colocam vasos que custam mais de R$ 100 mil na avenida”, indaga o internauta Matheus SS. “Sabe quanto custou esses vasos? 104.475,00 (reais)”, questionou Daniel Rocho, outro internauta.

A iniciativa surgiu como parte de um compromisso firmado em audiência pública realizada em 2022, que definiu a melhor utilização do canteiro central da avenida.

Na ocasião, a proposta de instalação de uma ciclovia no local foi descartada, pois colocava em risco à segurança de pedestres.

Em substituição, foi decidido que o espaço seria destinado ao embelezamento e à sustentabilidade ambiental, com a instalação de vasos ornamentais e o plantio de árvores.

O projeto prevê a colocação de 50 vasos com palmeiras fênix em toda a extensão do canteiro central da Flores da Cunha, contribuindo para deixar a cidade mais verde e visualmente agradável. Além disso, outras áreas do município também serão contempladas com o plantio de árvores, reforçando o compromisso da administração com a preservação ambiental.

Os recursos para a execução dessa ação são provenientes de verba específica destinada exclusivamente a projetos de arborização, garantindo a correta aplicação dos investimentos públicos. O programa é executado pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMOB).

Ciclovia deu lugar a canteiro concretado

Para a administração municipal, o projeto de ciclovia já é um assunto passado. Projetada em 2019, licitada em 2020 e com as obras começando praticamente só em 2021, a pista exclusiva para bicicletas seria instalada no local onde fica o canteiro central da Flores da Cunha. Porém, após 70% de conclusão, a obra foi engaveta no início de 2022, e se tornou em definitivo um canteiro central concretado.

A ciclovia da Flores da Cunha rendeu discussões desde o lançamento do projeto. O local da instalação, o canteiro central, foi alvo de críticas de moradores e também de membros do Legislativo municipal. Entre os itens que geraram incômodo, a retirada de árvores para implementação da pista foi um dos destaques.

O projeto previa 135 novas mudas florestais nativas que deveriam ser plantadas em locais adequados, compensando o manejo de 28 árvores para a execução da ciclovia — sendo 19 exóticas e nove que precisam ter o plantio compensatório, que equivale a 15 novas plantas para cada uma retirada.

O custo total projetado para a obra foi de R$ 1.212.619,49, conforme o Portal da Transparência de Cachoeirinha. O dinheiro veio da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade, oriundos de multas.

Do total projetado, R$ 679.354,59 foram pagos pela prefeitura à empresa executora, que deixou o canteiro de obras, por atrasos em repasses.



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