O prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasem da Rosa (MDB), e o secretário municipal de Planejamento, Paulo Garcia, desembarcaram neste final de semana a Pequim (capital da China), onde vão tratar de assuntos de amplo interesse público e também para o desenvolvimento da cidade, conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura. O seu vice, o Delegado João Paulo, assumiu provisoriamente o cargo até o retorno do prefeito.
Na China, a dupla vai participar da décima reunião anual do conselho de governadores do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB). Porém, a viagem do prefeito e secretário pegou muito mal no meio político local. A população também não aprovou a ideia. O administrador viaja para o exterior justamente num momento de cenário crítico, em que o Rio Gravataí e os arroios que cortam a cidade correm risco de extravasamento e uma nova catástrofe climática pode afetar a vida dos moradores com eventuais alagamentos.
A viagem, caso não fosse realizada nesta data, certamente não inviabilizaria o financiamento internacional junto ao Banco Asiático. Lembrando que o governo Lula fez essa aproximação entre os municípios e o banco asiático em 2024, quando as enchentes colocaram o Estado no mapa mundial. Há outros municípios gaúchos que estão negociando com o banco, nem por isso os prefeitos vão se ausentar dessas cidades. Os chineses estão interessados em investir no munícipio, não é necessário o prefeito se deslocar até aquele país. O banco chinês não deixaria de conceder tal financiamento, por falta do administrador municipal ao evento.
Em Pequim, Cachoeirinha busca um financiamento histórico de 88 milhões de dólares, considerando uma contrapartida de 20% que terá que sair do caixa da prefeitura. No último encontro com representantes de regiões atingidas pelas enchentes, Cristian anunciou a reconstrução do Arroio Passinhos no trecho da Rua Telmo da Silveira Dornelles. O custo da obra será de R$ 19 milhões, com recursos da União, não tem nada a ver com financiamento internacional, conforme noticiaram alguns meios de comunicação. A verba só foi liberada pela Defesa Civil Nacional após ajustes no projeto já que a prefeitura pretendia fazer uma megaobra e não o conserto de danos provocados pelas enchentes de maio de 2024. Por pouco, o município ficou com apenas R$ 2,3 milhões liberados.




