A região metropolitana—especialmente os municípios de Gravataí e Cachoeirinha—se prepara para enfrentar um evento climático severo: um ciclone extratropical que se formará entre sexta-feira (7) e sábado (8) deverá provocar chuvas intensas, ventos fortes e risco elevado de alagamentos e destelhamentos. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e demais centros meteorológicos, rajadas de vento entre 60 e 100 km/h, ou até superiores a esse valor no litoral, são esperadas. No município de Gravataí, há aviso de Alerta Vermelho para acumulado de chuva acima de 100 mm e “grande risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, grandes deslizamentos de encostas”.
Para Gravataí e Cachoeirinha, as condições mais críticas devem ocorrer entre a tarde de sexta-feira e a madrugada de sábado, com possibilidade de chuva muito forte acompanhada de ventania, granizo e queda de árvores ou destelhamentos. Meteorologistas destacam que a trajetória do ciclone não define totalmente onde os impactos ocorrerão: as áreas de efeito podem se estender por centenas de quilômetros. Em virtude disso, o alerta atinge toda a Região Metropolitana de Porto Alegre e arredores, o que exige atenção redobrada da população e dos municípios para mobilizar bolsões de risco, drenagens e evacuações preventivas caso necessário.
As autoridades já orientam que moradores de áreas vulneráveis — morros, encostas, margens de rios ou córregos — mantenham-se em alerta, evitem estacionamento sob árvores ou estruturas instáveis e desliguem aparelhos elétricos em caso de raios ou ventos fortes. As secretarias de Defesa Civil, Meio Ambiente e Infraestrutura dos municípios devem monitorar o nível dos cursos d’água e ativar sirenes ou sistemas de aviso se houver risco de enchente ou deslizamento. Em Cachoeirinha e Gravataí, é indicado que tu verifiques roteiros de fuga, zelas pela manutenção de ralos e limpezas de galerias, removendo entulhos ou objetos soltos que possam agravar os impactos.
Neste contexto, a população da Região Metropolitana deve antecipar ações de contingência: garantir que itens essenciais estejam acessíveis, checar sistemas de drenagem residencial (como calhas e poços de visita), e evitar transitar desnecessariamente durante o ápice do evento. As escolas, hospitais e os serviços públicos devem se preparar para regimes de emergência, com possibilidade de interrupções de energia ou acesso dificultado. O evento climático que se aproxima reforça a necessidade de vigilância, colaboração comunitária e resposta rápida para evitar tragédias e prejuízos maiores.
