As viagens internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tornaram-se um dos pontos mais caros — e mais questionados — do atual governo. Segundo dados oficiais do Ministério da Gestão e Inovação, o governo já gastou R$ 837,8 milhões com viagens ao exterior desde janeiro de 2023. Somente nos dois primeiros anos da gestão Lula, a conta internacional dobrou em relação aos últimos dois anos do governo Jair Bolsonaro, saltando de R$ 299,8 milhões para R$ 622 milhões, um aumento de 107%.
Durante essas agendas, Lula anunciou com destaque R$ 345,6 bilhões em supostos novos investimentos estrangeiros para o Brasil — sempre apresentados como justificativa para o custo das viagens e das volumosas comitivas. Mas, ao confrontar discurso e realidade, o contraste é gritante: apenas R$ 42 bilhões foram efetivamente contratados ou desembolsados, o equivalente a 12,5% do total anunciado.
Ou seja: a cada R$ 100 bilhões prometidos ao Brasil em viagens, só R$ 12 chegam de fato.
Lula já visitou 41 países, passou por 52 cidades e acumulou mais de 150 dias fora do Brasil desde que voltou ao Planalto. A justificativa oficial é que as agendas internacionais servem para “atrair investimentos”, “reposicionar o Brasil no mundo” e “abrir portas” para empresas brasileiras.
Mas a matemática não fecha...
💸 Gasto total das viagens desde 2023
➡️ R$ 837,8 milhões
💰 Investimentos realmente concretizados
➡️ R$ 42 bilhões
📉 Taxa de concretização das promessas
➡️ 12,5%
A conta é simples: o governo gastou quase R$ 1 bilhão viajando, enquanto o país recebeu menos de R$ 50 bilhões — e muitos desses valores nem dependiam da diplomacia presidencial.
Diversos “investimentos” apresentados por Lula e pela Secom durante viagens eram, na prática:
aportes já contratados antes das viagens;
intenções sem cronograma;
renovações de contratos existentes;
anúncios somados de forma confusa por empresas estrangeiras;
valores inflados ou imprecisos.
O caso mais emblemático ocorreu na viagem à França, quando Lula e a Apex divulgaram R$ 100 bilhões em investimentos. Dias depois descobriu-se que:
os aportes reais somavam R$ 40,2 bilhões;
parte já havia sido anunciada antes;
outros sequer tinham previsão de desembolso.
Da lista de promessas, o que se concretizou com precisão foram:
doações ao Fundo Amazônia (cerca de R$ 1 bilhão, vindos de EUA e Reino Unido);
empréstimo japonês de R$ 1,1 bilhão ao setor farmacêutico.
Nenhum desses aportes dependia exclusivamente das viagens do presidente.
A Secretaria de Comunicação segue defendendo que investimentos prometidos durante viagens internacionais só aparecem nas estatísticas ao longo de “anos”, e não imediatamente.
Mas a discrepância entre: gastos recordes, comitivas gigantes, viagens frequentes, promessas bilionárias, retorno mínimo.
Os números expõem um governo que: viaja muito, gasta muito, promete muito, entrega pouco, e tenta justificar resultados pífios com projeções futuras e anúncios abstratos.
O contraste entre custo e retorno se tornou insustentável: Lula gastou quase R$ 1 bilhão para trazer apenas R$ 42 bilhões — e ainda assim, a maior parte não começou a ser executada.
Fonte: Hora de Brasília




