Quem circula pela Avenida Frederico Augusto Ritter, em Cachoeirinha, se depara com uma enorme lombada, em frente a um atacarejo recentemente inaugurado. O fato chama mais atenção que nova filial da rede de supermercados instalada às margens da via. Conforme levantamento da Prefeitura de Cachoeirinha, o munícipio tem 878 quebra-molas ao longo dos 43 quilômetros de área territorial, número que divide a opinião dos moradores.
Alguns motoristas são a favor, pela redução de velocidade, e outros se preocupam com o impacto nos veículos. O alto número de quebra-molas em Cachoeirinha já é uma característica marcante até para quem visita a cidade pela primeira vez. É o caso do engenheiro Reinaldo de Oliveira. “Tem bastante quebra-molas e bastante buracos também, relata o turista. “Teremos muitos prejuízos com pneus e molas”, complementa o motorista.
A prefeitura justifica que as lombadas instaladas visam garantir a segurança em áreas de hospitais, UPAs e escolas, embora gerem reclamações por danos a veículos e falta de sinalização.
O exagero no número de lombadas existe porque os motoristas não respeitam a velocidade. O índice de atropelamentos em Cachoeirinha diminuiu drasticamente nos últimos anos.
Outro ponto questionado pelos motoristas é quanto a pintura das das lombadas e também das faixas de segurança, difíceis de se enxergar, principalmente à noite. “Em Gramado, todo mundo para na faixa de segurança, aqui não se tem a mesma educação. Ninguém respeita a faixa. Mas os quebras molas amenizam esse problema fazendo com que o motorista diminua a velocidade”, compara Oliveira.
Para isso, a administração municipal busca soluções como lombadas ecológicas de borracha reciclada para reduzir custos e agilizar instalação.




