O Parque de Eventos de Gravataí recebe, até 23 de novembro, o Campori Gaúcho de Desbravadores, que mobiliza mais de 7 mil adolescentes e jovens de 208 clubes. A edição marca os 50 anos do primeiro Campori no RS e combina competições de campo, atividades formativas e uma vasta programação cultural, com oratória, culinária, fanfarras, provas de obstáculos e apresentações musicais.
A estrutura montada impressiona: reservatório de quase 500 mil litros de água, 200 chuveiros quentes, 200 banheiros químicos, posto médico com três médicos, cinco ambulâncias e apoio das UPAs municipais. A abertura oficial ocorreu na noite desta quinta-feira, 20, e o encerramento está previsto para domingo, 23, às 16h.
Antes mesmo do início do evento, os clubes foram desafiados a participar de uma especialidade inédita criada pela ADRA RS, voltada ao combate à fome. Cada equipe arrecadou 50 quilos de alimentos — 45 destinados às igrejas locais, via ASA, e 5 entregues diretamente à ADRA no Campori. As doações fortalecerão projetos em Porto Alegre, como abrigos de passagem e lares de acolhimento.

A capacitação incluiu palestras sobre insegurança alimentar, encenações, entrevistas com agentes que atuaram nas enchentes de 2024 e análise de reportagens. Para o pastor Jorge Weibusch, diretor da ADRA RS, a proposta desperta nos jovens o desejo de servir. O líder dos Desbravadores no sul do Estado, pastor Dalmo Dion, destaca que a especialidade promove empatia e cidadania entre os participantes.
Entre os jovens, a repercussão tem sido positiva. A desbravadora Júlia Zukowski, 13 anos, conta que a experiência mudou sua visão sobre desperdício e ampliou seu engajamento em ações solidárias. O Campori segue com programação intensa até domingo, reforçando aventura, aprendizado e responsabilidade social entre os adolescentes.




