Blog do Chico Pereira

Chico Pereira nasceu em Gravataí, habilitado em jornalismo (DRT 10548) possui 35 anos de colunismo. Trabalhou no Jornal do Comércio, Folha do Vale, Correio de Gravataí e Jornal Momento Regional, trabalhou também em rádio e tv.

É sócio fundador da Federação Brasileira de Colunistas e Associação dos Colunistas do Rio Grande do Sul, e recentemente recebeu homenagem na Assembleia Legislativa do RS, em reconhecimento ao seu trabalho na área da comunicação.


Casarão dos Bina é apresentado com exibição de minidocumentário

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No entardecer desta quarta-feira (3) o Casarão dos Bina foi apresentado com a exibição do minidocumentário sobre a história e restauração do patrimônio. A cerimônia foi destinada à comunidade da cultura local, membros da família Bina, coral da Escola Carlos Bina e representantes da Prefeitura de Gravataí.

O encontro atualizou o andamento das obras de restauração do lugar, e nas paredes do casarão foi projetado o minidocumentário que remonta a história que a propriedade conta. Com a direção e roteiro de Vivian Anne Amaral, responsável pelo audiovisual da Secretaria Municipal Governança, Comunicação e Cultura (SMGCC), o material homenageia e celebra a preservação cultural e patrimonial do município. 

“Esta solenidade é mais uma conquista da sociedade, e esse negócio de investir na cultura me faz muito bem, porque é aquilo que a nossa comunidade precisa. Esta casa é algo lindo, e este terreno, grande e bonito, com uma imensa figueira, me faz imaginar um sarau ali embaixo”, descreve o prefeito Luiz Zaffalon. 

“Eu quero agradecer por inteiro, a cada um de vocês, por esta obra, que já está quase pronta. Mais alguns dias e este patrimônio estará entregue, e é mais uma entrega onde resgatamos um equipamento importante na história da nossa cidade”, conclui. 

Presente na cerimônia, Breno Bina Kessler, neto de Carlos Bina, declarou o grande desejo que carregava de que o casarão permanecesse vivo, e que, de acordo com ele, agora está. 

“Aqui, andaram e andam, eu, bisnetos, trinetos e tataranetos do Carlos Bina, vivendo e trabalhando nesta região. Eu me criei aqui, e sentia muita pena de não ver o casarão restaurado, mas, agora, a prefeitura e esta comunidade deram a Gravataí uma linda casa”, expressa Breno. 

Localizada na rua Carlos Bina, no bairro Moradas do Sobrado, o edifício de arquitetura luso-açoriana conta sua história desde o seu endereço: A tradicional família Bina chegou em Gravataí em 1937, com a compra do local anteriormente chamado de “Sítio do Sobrado” e com a nomeação de uma das filhas de Carlos Bina, Maria, em concurso público para trabalhar como professora na cidade.


A restauração

Construído em 1882, o histórico Casarão dos Bina está sendo restaurado pela Prefeitura de Gravataí. A partir da conclusão das obras, prevista para este mês, um dos imóveis mais antigos do município passará a ser utilizado como museu permanente e espaço de cultura, convivência e local de eventos. O prédio em estilo arquitetônico luso-açoriano, que testemunhou a transformação de um pequeno povoado na quarta maior economia do Rio Grande do Sul, está em obras desde 2022.


O minidocumentário 

Dirigido, roteirizado e editado por Vivian Anne Amaral, a produção do curta documental foi possível após visita ao casarão realizada no último mês. Na data, Breno Bina entregou diversos itens como fotos, documentos, além da árvore genealógica da família Bina. As peças foram destinadas para a SMGCC, que foi responsável pelo armazenamento e exposição dos objetos após a finalização do restauro do prédio. 

O minidocumentário apresenta a história do prédio de arquitetura histórica e remonta a trajetória de sua restauração. 


A história

O Casarão dos Bina cumpriu diferentes papéis. Nos primeiros anos, ainda durante o período de escravidão, abolida em Gravataí em novembro de 1884, quatro anos antes da data nacional, o porão do casarão foi usado como senzala. Originalmente, o prédio estava inserido em uma propriedade rural de 40 hectares da família de Carlos Bina. Depois, a área cedeu lugar ao bairro Moradas do Sobrado. Antes de ser desativado para as obras de restauração, foi sede da extinta Fundação Municipal do Meio Ambiente.



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