Diversas atividades e oficinas marcaram o Dia Nacional de Tereza de Benguela e Dia da Mulher Negra em Gravataí. Promovidas pela Prefeitura de Gravataí, Secretaria Municipal da Mulher e Direitos Humanos (SMDH) e Assessoria de Políticas Públicas para a Igualdade Racial, as ações foram realizadas na sexta-feira, 25 de julho, data em que também se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
No encontro, foram realizadas oficina para confecção de turbante, apresentação de dança afro, recitação de poemas pela integrante do Clube Literário e escritora, Letícia Nascimento, entrega de certificados em homenagem às mulheres negras com representatividade em Gravataí (Ângela Maria Xavier Freitas, coordenadora da Casa de Cultura, Carmem Lúcia dos Santos, presidente da associação dos moradores do Quilombo Manoel Barbosa, Marta Regina Martins França, diretora de ala da Escola de Samba Acadêmicos de Gravataí, Rosângela Lourdes Ferreira Santos, professora, Dandara da Cruz Ennes, artesã, Cristina Rocha de Souza, presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir) e Tânia Maria Salazar Moreira, defensora pública aposentada de Gravataí).
Presente na abertura do evento, o vice-prefeito, Dr Levi Melo, enalteceu o evento. “É muito bonito ver toda essa ação acontecendo para valorizar a cultura, a tradição e a ancestralidade”.
“Este é um dia importante para relembrarmos de todo o sofrimento da ancestralidade. Como mulheres, continuamos lutando pelos nossos espaços. Nossa secretaria tem um ano e meio de existência e a cada momento, buscamos fortalecer nossas atividades voltadas para as políticas públicas e aos direitos das mulheres. Nossa secretaria está aqui para ajudar, ouvir, auxiliar e realizar também atividades como esta, para momentos de reflexão”, refletiu a secretária da SMDH, Analu Sônego.
Parceiro da Prefeitura, o Senai Gravataí também esteve presente no evento ofertando 20 vagas para os cursos de Operação de Empilhadeira e de Auxiliar de Produção, destinado às mulheres negras participantes do evento, com idade a partir de 16 anos.
Sobre o Tereza de Benguela e Dia da Mulher Negra
Tereza de Benguela foi uma líder do quilombo Quariterê e viveu no século XVIII. O dia 25 de julho é um marco da luta contra o racismo e relembra a realidade da violência e da desigualdade que permeiam até os dias de hoje para a população negra, principalmente às mulheres e transexuais.
Em 1992, um grupo formado por mulheres negras organizou o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas em Santo Domingo, na República Dominicana, foram discutidos diversos problemas enfrentados pela comunidade negra, bem como as alternativas de como resolvê-los. Esse encontro fez nascer a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas. A Rede, junto à Organização das Nações Unidas (ONU), lutou para o reconhecimento do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.




