Blog do Chico Pereira

Chico Pereira nasceu em Gravataí, habilitado em jornalismo (DRT 10548) possui 35 anos de colunismo. Trabalhou no Jornal do Comércio, Folha do Vale, Correio de Gravataí e Jornal Momento Regional, trabalhou também em rádio e tv.

É sócio fundador da Federação Brasileira de Colunistas e Associação dos Colunistas do Rio Grande do Sul, e recentemente recebeu homenagem na Assembleia Legislativa do RS, em reconhecimento ao seu trabalho na área da comunicação.


Irga descarta importação de arroz e diz que safra gaúcha é suficiente para abastecer mercado brasileiro

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Não será necessário importar arroz do exterior para abastecer o mercado brasileiro, é o que diz a nota do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz), com sede em Cachoeirinha. A nova medida que prevê autorização de adquirir até 300 mil toneladas do produto beneficiado importado foi adotada pelo Governo Federal para distribuição do produto em regiões metropolitanas do Estado, que sofreram as consequências econômicas de eventos climáticos extremos. Porém, os dados, calculados pelo Instituto, apresentados em reunião extraordinária da Câmara Setorial do Arroz no fim do mês de maio, através da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), descarta a possibilidade de desabastecimento.

A safra 2023/2024 de arroz gaúcho deve ficar em torno de 7.149.691 toneladas, mesmo com as perdas pelas inundações que o RS sofreu no mês passado. O número é bem próximo ao registrado na safra anterior, de 7.239.000 toneladas – o que comprova que o arroz gaúcho é suficiente para abastecer o mercado brasileiro, sendo desnecessária a importação do grão. “Quando as enchentes ocorreram no Rio Grande do Sul, a safra de arroz já estava 84% colhida, restando 142 mil hectares a colher. Destes, 22 mil hectares foram perdidos e 18 mil ficaram parcialmente submersos. Entre os grãos estocados nos silos, houve comprometimento de 43 mil toneladas”, enumerou o presidente do Irga, Rodrigo Machado.

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A estimativa de produção total do Irga leva em consideração a produção já colhida até a ocorrência das enchentes (6.440.528 toneladas), somada a um cálculo de produtividade para os 101.309 hectares restantes de área não atingidos pelas cheias, levando em consideração uma média de produção de 7 mil quilos por hectare. Com isso, a produção estimada pelo Irga totaliza 7.149.691 toneladas de arroz para a safra atual. “Mesmo considerando as perdas, temos uma safra praticamente idêntica à anterior, o que nos leva a inferir que não haverá desabastecimento de arroz”, argumentou Machado.

A Depressão Central concentrou as maiores perdas de arroz no Estado. “Os produtores da região já tinham perdido toda a safra no plantio, tiveram que replantar. Lá será preciso fazer algo a mais, linha de crédito, seguro para atender a esses agricultores, porque eles perderam não só a safra, mas suas casas, máquinas e animais”, disse o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.

Integrantes da cadeia produtiva consideram preocupante a medida do governo federal de retirar a Tarifa Externa Comum (TEC) para aquisição de arroz importado, em vigor até o fim deste ano. “A TEC vai acabar desestimulando o produtor e teremos nova redução da área cultivada no Estado. Para vender arroz a R$ 4,00, o produtor vai receber abaixo do custo de produção, não vai se pagar”, destacou Alexandre.



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