Só quem necessita de tratamento intensivo sabe o que é passar por isso. A condição delicada de saúde, mesmo contando com o apoio assistencial e a estrutura hospitalar, via de regra abala o emocional do paciente. Dessa forma, a humanização dentro da UTI é fundamental para cura. Práticas humanizadoras ocorrem regularmente do Hospital Dom João Becker e a história do gravataiense Rodrigo Giovani Silva é um exemplo.
Contando os três períodos recentes de internação, já são 101 dias no hospital, vivendo uma rotina na qual os minutos se assemelham a horas. Entre exames, medicações e cuidados de médicos e enfermeiros, Rodrigo vê o tempo passar de maneira lenta, monótona. Pensando nisso, a equipe da UTI resolveu mudar esse panorama.
Rodrigo pode ver o movimento da avenida Loureiro da Silva, a obra na praça do quiosque e ouvir os pássaros e os motores dos automóveis. Foi levado pelos profissionais de enfermagem e psicologia para o terraço do primeiro andar do HDJB. “Esse momento precioso não apenas ajuda a reduzir os níveis de ansiedade, que podem acumular ao longo de uma internação prolongada, mas também oferece uma injeção de vitalidade emocional que pode acelerar a recuperação”, afirma a supervisora da UTI, Suelen Bernardo.
Pego de surpresa com o passeio proposto, Rodrigo não escondeu sua alegria ao ver novamente o mundo do lado de fora das paredes do hospital. Tanto que fez questão de escrever um bilhete para a equipe assistencial. “Feliz por estar vivo! Grato a Deus e aos profissionais da saúde, anjos da vida”, diz o rascunho.
E uma atitude humanizadora como essa beneficia não só o paciente, mas também o time da assistência. “A alegria de proporcionar momentos tão especiais como esse é uma fonte de satisfação inigualável para todos nós da equipe de enfermagem”, ressalta Philip da Rosa. Um novo paradigma na experiência do paciente já é realidade no hospital de Gravataí. O trânsito do Centro de Gravataí também pode curar.