De 1º a 8 de fevereiro, é lembrada a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, com o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que visam contribuir para a redução da incidência da gravidez na adolescência. Ciente disso, a Prefeitura de Gravataí, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), trabalha de forma permanente ações voltadas à temática, o que tem refletido diretamente na redução de gestações entre jovens de 10 a 19 anos. Em 2018, a proporção de grávidas adolescentes no município era de 12,16%, número que diminuiu para 7,12% no último ano.
Entre as medidas adotadas para essa diminuição, estão ações como o Programa Saúde na Escola (PSE), uma ação conjunta entre as secretarias da Saúde e da Educação (Smed) que aproxima escolas e unidades de saúde no fomento de ações intersetoriais. Além disso, destaca-se a Lei Doutor Marcelo Leone, de 2022, que garantiu e ampliou a oferta de métodos contraceptivos à saúde da mulher.
Conforme a coordenadora da Política de Atenção à Saúde da Mulher da SMS, Laura Santos, também ocorrem capacitações sobre planejamento sexual e reprodutivo com profissionais de saúde, de forma a qualificar e facilitar o acesso aos métodos contraceptivos na Atenção Básica. A enfermeira também destaca as formações teóricas e práticas para inserção dos implantes subcutâneos libertadores de etonogestrel junto às unidades de saúde.
No SUS municipal, a Estratégia Municipal de Planejamento e Aconselhamento Sexual e Reprodutivo oferta ao público adolescente, por exemplo, preservativos masculino e feminino, dispositivos intrauterinos (DIU) de cobre, anticoncepcional oral combinado, minipílulas, pílula anticoncepcional de emergência, hormônio injetável mensal ou trimestral e implante subcutâneo liberador de etonogestrel.
“Um importante avanço também foi que o Hospital Dom João Becker iniciou, em 2023, a inserir implantes subcutâneos liberadores de etonogestrel no pós-parto imediato e outros eventos obstétricos nas adolescentes, expandindo acesso ao método de longa duração”, complementa Laura.
Nove unidades de saúde (USFs Breno Garcia, Cohab C, Nova Conquista, Princesa Isabel, São Vicente, Neópolis, Parque dos Eucaliptos, Parque dos Anjos e Barro Vermelho) possuem o programa Saúde na Hora, com horário de atendimento estendido até às 19h, sem fechar ao meio-dia, de forma a facilitar o acesso às adolescentes. A ampliação do atendimento da faixa etária pediátrica nas unidades básicas de saúde de 12 anos incompletos para 15 anos incompletos e um cronograma de ações extramuros completam as estratégias de acesso às ações preventivas.
Prevenção da gravidez na adolescência
No Brasil, um em cada sete bebês é filho de mãe adolescente. Conforme o Ministério da Saúde, a gestação nesta fase representa uma condição que aumenta a chance de complicações para a mãe e para o recém-nascido. A taxa de gestação na adolescência no Brasil é considerada elevada, com 400 mil casos/ano. Por conta disso, é necessário estar atento aos fatores que aumentam os riscos da gestação na adolescência, tais como altura inferior a 1,5 metro, peso abaixo dos 45 kg, doenças crônicas e infecções sexualmente transmissíveis.
A gravidez na adolescência – além de estar sujeita a maior ocorrência de complicações, como diabetes gestacional, parto prematuro e depressão pós-parto – implica negativamente na formação educacional das jovens, com alto índice de abandono ou interrupção dos estudos, refletindo desfavoravelmente na condição social e econômica. Em caso de necessidade ou de maiores informações sobre os métodos, procure a unidade de saúde mais próxima para o devido aconselhamento.