Recentemente, notícias sobre raiva humana no Brasil circularam nos meios de comunicação após a morte de uma mulher de 56 anos, em Pernambuco, que contraiu a doença após ser mordida por um sagui. Por conta disso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) faz um alerta à população sobre alguns cuidados a serem observados, o que fazer em caso de acidentes com animais e a importância do atendimento em saúde imediato nessas situações.
De acordo com a médica veterinária da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde (Viam), Kennya Souto Maior Zingano, a raiva é uma doença viral que pode acometer seres humanos, cães, gatos, bois, cavalos, ovelhas, cabritos, primatas e morcegos, além de outros mamíferos. Sendo uma zoonose, a profissional explica que a transmissão do vírus acontece por meio da saliva de um animal infectado, principalmente pela mordedura, e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas .
“Em caso de mordedura, lambedura ou arranhadura de animais domésticos ou silvestres, é preciso procurar atendimento médico imediato na unidade de saúde de referência para avaliação e profilaxia antirrábica, quando necessário”, esclarece Fábio Armentano Curi, técnico responsável pelo Atendimento Antirrábico Humano em Gravataí.
O que fazer em casos de agressão por animais mamíferos:
– Lave o ferimento imediatamente com água corrente e sabão;
– Procure atendimento médico na unidade de saúde mais próxima;
– Quando indicada, realize a profilaxia antirrábica, sem interrupção do tratamento.
Animais Silvestres
O Departamento de Vigilância em Saúde (Viemsa) reforça que as espécies silvestres no Brasil estão protegidas pela Lei de Proteção à Fauna (Lei nº 5.197/1967) e Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). Sua perseguição, caça ou destruição são considerados crimes. Além disso, animais como morcegos, primatas e gambás são de extrema importância ecológica na natureza, desempenhando papel fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas.
Orientações
Para maiores esclarecimentos ou informações sobre o vírus da raiva e profilaxia antirrábica, o cidadão pode acionar a Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, por meio do telefone (51) 3600 – 7747.