Devido às chuvas, a água suja inundou áreas inteiras na rua Figueira, na região do Parque Granja Esperança e Navegantes, região norte de Cachoeirinha durante o final de semana. No local, o esgoto também invadiu os pátios de algumas casas e o odor dos dejetos infesta a atmosfera. O acúmulo de resíduos é visível.
Moradores que vivem há décadas na localidade e tiram seu sustento da plantação de verduras e frutas, como amoras e bananas, além de cana, disseram que o terreno foi alagado e a colheita contaminada pelo esgoto que extravasou.
Na última quarta-feira, o prefeito em exercício, delegado João Paulo, decretou situação de emergência em Cachoeirinha. A medida foi adotada para agilizar as ações da Defesa Civil e dos órgãos municipais na reconstrução da cidade, com foco em prevenção, desobstrução de vias e suporte às famílias afetadas. A validade é de 180 dias e há permissão, se necessário, de desapropriações em áreas de risco.
Outra medida do Executivo Municipal foi a instalação de cinco pluviômetros em pontos estratégicos da cidade. Após estudos técnicos e mapeamentos realizados pela Defesa Civil, os equipamentos estão sendo posicionados em prédios públicos, como o Complexo de Serviços e a sede da Prefeitura.
O pluviômetro é um instrumento utilizado para medir em tempo real a quantidade de chuva acumulada em determinado período de tempo e local. Essas informações são essenciais para o monitoramento hidrometeorológico, permitindo antecipar riscos de alagamentos, enxurradas e outros desastres relacionados a eventos extremos.
Assim, pela primeira vez, Cachoeirinha terá dados da quantidade exata de chuva no município. A expectativa é que a tecnologia auxilie em estudos e ações preventivas. “Esses equipamentos vão ajudar no trabalho de prevenção, tendo em vista a atual situação em que nos encontramos, de mudanças climáticas, em que cada vez os volumes de chuva estão mais altos, trazendo riscos de transbordamento de rios e arroios”, explicou o secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos, Emerson dos Santos.