Um acordo da Prefeitura de Gravataí com o Ministério da Educação (MEC) garantirá a realocação de R$ 14 milhões dentro da Secretaria Municipal de Educação (Smed). O movimento foi possível após a adesão ao Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), que garante material de apoio para alunos do 1º ao 9º ano. Os alunos seguirão com acesso a materiais didáticos, lousas digitais e metodologias de ensino adequadas.
Sem custos para o município, o PNLD disponibilizará cerca de 140 mil obras para os 30 mil alunos da rede pública de ensino. A decisão corrobora a gestão democrática que está sendo construída há um ano na Secretaria.
“Essa determinação partiu, antes de tudo, do entendimento do que acontece dentro das salas de aulas e das demandas e pedidos dos professores. Os livros da Moderna e da Positivo, que eram comprados anteriormente, eram restritivos, tiravam a independência e autonomia pedagógica das professoras e professores”, explica a secretária de Educação Aurelise Braun.
Aurelise também destaca que nenhum aluno ficará desamparado ou sem a possibilidade de estudar e aprender. A secretária explica que os livros são um material de apoio e não a principal forma pedagógica de ensino.
“Todas as escolas têm, por exemplo, as lousas digitais, onde os livros podem ser projetados. Ainda que não estejam em todas as salas, as escolas possuem o recurso. Isso garante, caso necessário, que todos os alunos terão acesso ao mesmo material. Já os professores têm total apoio da Smed, por parte das equipes pedagógicas e, agora, novamente, da sua independência dentro da sala de aula”, afirma.
A coordenadora pedagógica da Smed Darieni Faria também pontua que a pasta tem atuado fortemente na alfabetização, com capacitações, materiais de apoio para os professores e a estruturação de um grupo pedagógico focado no tema.
“Hoje temos como objetivo consolidar a alfabetização no primeiro ano do ensino fundamental. O contato com o Alfabetiza Tchê, do Governo do Estado, é mais uma forma de tornar isso possível. Também teremos as formações, repositório de atividades, avaliação de fluência leitora e demais materiais construídos pela Smed com as contribuições da rede. Tudo isso está dentro do AlfabetizAí, programa do Governo Municipal que objetiva a oferta de recursos necessários para alunos e professores”, explica.
Valorização da categoria
A adesão ao PNLD, que gerou uma economia de R$ 14 milhões para os cofres públicos, já trouxe benefícios para a educação municipal. Foi por conta desta decisão que a atual gestão pode atender a demandas antigas da categoria, como a garantia do benefício de regência de classe para todos professores da educação infantil.
Além disso, a gratificação para especialistas em educação (orientadores e supervisores), que terão uma diferença de 7% entre os níveis, com progressão até 10% em 2027, também foi possível. Da mesma forma, foi possibilitada a contratação de monitores para a educação especial, suprindo uma necessidade da rede municipal de ensino.
Aurelise garante que os investimentos nos recursos humanos trarão mais benefícios para a educação municipal do que o Programa Material Estruturado.
“A partir de conversas, do contato com quem está na linha de frente e buscando sempre uma gestão mais democrática, entendemos que valorizar nossos profissionais e ouvi-los é mais benéfico. Com mais autonomia e independência eles poderão entregar um serviço de maior qualidade, contribuindo com a melhoria no ensino”, conclui.