A Prefeitura de Cachoeirinha decretou estado de emergência para enfrentar o avanço de possíveis casos de dengue no município. A medida foi publicada nesta quinta-feira (21), no Diário Oficial do Município.
A cidade já registrou 588 notificações da doença entre janeiro e março de 2024, o número é 12 vezes maior que o registrado no mesmo recorte do ano passado.
No decreto, foi salientado sobre a ampliação do controle e atenção à saúde diante do risco epidemiológico em decorrência da doença.
A medida gerou várias críticas à administração municipal e ao modus operandi de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Nas redes sociais, há relatos de sobrecarga dos agentes de saúde e número insuficiente de profissionais para execução dos trabalhos. Hoje são apenas 14 agentes, sendo que são necessários, no mínimo, 50 profissionais. Inclusive, a Câmara Municipal autorizou a chamada de mais 30 agentes de endemias aprovados em concurso público, porém, a prefeitura não deu seguimento às convocações. Os motoristas da Secretaria de Saúde também não estariam recebendo horas extras para otimização dos serviços.
O decreta menciona ainda a presença do Aedes Aegypti em todos os bairros do município, de forma mais intensa que em anos anteriores.
Por isso, o blog desde o ínicio do ano vem fazendo um alerta, através de denúncia de moradores, para a população não deixar acumular entulhos nas residências.
Além dos cuidados nas casas, o que vem preocupando parte da população e o excesso de mato e lixo nos canteiros das avenidas, ruas e terrenos vazios.
Por exemplo, um terreno baldio sujo localizado na Rua Cristóvão Colombo, 176, no Vista Alegre, é uma queixa antiga dos vizinhos. “Os agentes de saúde chegam nas residências perguntando sobre o mosquito da dengue e distribuem panfletos, mas o prefeito e os vereadores não resolvem o problema dos lixões, que seguem a céu aberto”, reclama Paulinho do Bosque, que vive próximo ao terreno sujo.
Especialistas e populares recomendam à Prefeitura mais mutirões de combate à dengue e desenvolvimento de armadilhas, além de remoção de criadouros. Também reclamam da falta de fumacê nos bairros e limpeza de terrenos baldios e de áreas verdes onde a população descarta lixo e intensificação de visitas em estabelecimentos comerciais, imóveis de difícil acesso e vistorias nas escolas e outras unidades de ensino.
“Ao lado da minha casa tem uma piscina abandonada. Já denunciei no Ministério Público e na Prefeitura. Fizeram o quê? Nada!”, denuncia Nara Cardoso, moradora no numeral 96 da Rua Major Alberto Bins, Parque Brasília.
- Cachoeirinha está na condição de alerta, por que vêm aumentando a incidência de casos de constatação de pessoas que contraem a dengue. Este é um alerta às pessoas para que aumentem os cuidados no combate à dengue. E não basta só cuidar de eliminar os focos de água parada. Uma tampinha de cerveja, jogada na rua pode ser um futuro foco de dengue. Lotes cheios de mato podem gerar condições de acúmulo de água, neste tempo chuvoso e ser um foco de dengue. O lixo, colocado para recolhimento de maneira irregular, pode ser um foco de dengue. Acúmulo de material reciclável nos quintais, depósitos de sucata, veículos velhos estacionados nas ruas… enfim, toda situação de sujeira pode ser uma oportunidade de criadouro do mosquito da dengue.